8.7.10

Sobre a Tipografia

É inegável que a capacidade de comunicar é inata ao Homem, sendo indispensável a uma sobrevivência mentalmente saudável e feliz.
Comunicamos quer verbalmente, quer não verbalmente, de diversas formas e em diversas circunstâncias. Com a invenção dos Fenícios da Escrita, surgiu primeiro a noção de Caligrafia, como a arte de escrever (por meio de traços) com beleza e graça.
A Tipografia surgiu a partir da fragmentação da palavra manuscrita através de exigências mecânicas, e converteu-a numa reagrupamento combinatório de letras e signos soltos, independentes uns dos outros e indefinidamente “exchangeable”.
Usar a Tipografia é usar uma plataforma visual. E qualquer mensagem em comunicação visual necessita de um suporte visual, que Bruno Munari define como 'o conjunto de elementos que tornam visível a mensagem, todas aquelas partes que devem ser consideradas e aprofundadas para se poderem utilizar com máxima coerência em relação à informação'. É uma forma de comunicação, um código visual comum a dois ou mais interlocutores.
A Tipografia foi determinante no crescimento das artes gráficas e da publicidade, crescendo então como uma importante base da Comunicação Visual. Ainda mais, na actualidade, os artistas gráficos estão muito mais bem preparados que os de antigamente, tendo à sua disposição um grande número de meios de informação, documentação e bibliografia. As necessidades editoriais e tipográficas também são muito intrincadas, exigindo não só minuciosidade e perfeição, mas principalmente uma grande dose de criatividade.
As boas letras fluem naturalmente, daí que o artista gráfico não se deva prender a meras imitações. Há que compreender os exemplos clássicos, os princípios, a estrutura e a lógica da letra, mas a originalidade na transmissão de uma ideia através do meio visual da tipografia é que determina a mensagem, a sua recepção e a concepção de um bom trabalho.

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