8.7.10

Proposta 3 - A Cor

Desta vez, foi-nos proposto fazer um trabalho relacionado com um dos elementos da comunicação visual: a cor. Esta terceira proposta consistia em alterar a cor de imagens à nossa escolha, de forma a que o seu significado fosse alterado.
Para isto, decidi que seria importante escolher uma imagem conhecida e duas publicitárias, para que a alteração de cores tivesse impacto ao nível do valor semântico, quem a visionasse. Assim, escolhi a capa do álbum ‘The Wall’ dos Pink Floyd, um anúncio da Lâncome e outro da Nike.


A cor é um dos elementos visuais mais importantes. Esta transmite-nos várias informações e tem como principal qualidade a função de nos fazer distinguir. Entender, simbolizar e identificar as coisas.
O processo de percepção da cor foi descoberto por Newton, em 1666. Ao fazer passar um raio de luz branca através de um prisma triangular transparente, conseguiu visualizar um conjunto de cores. Estas mesmas cores, as cores do espectro, são as mesmas que visualizamos quando olhamos para o arco-íris. Este processo de separação da luz branca tem o nome de refracção da luz. Isto não é mais do que um desvio de cores, com diversos graus de inclinação.
Para falarmos na cor, temos que falar nas suas características e nos seus efeitos.

A percepção que temos da cor é-nos proporcionada pela visão. O olho humano fornece ao cérebro informação para que este reconstitua as cores e tons. Apesar de ser descrito como tendo a função de uma máquina fotográfica e se dizer que as suas características se assemelham, uma máquina fotográfica apenas converte objectos em imagens. Por sua vez, a visão não consiste só em ver, mas também envolve todo um conhecimento prévio do objecto visualizado, com a ajuda dos outros sentidos: tacto, paladar, olfacto e audição.
Aliada à visão, há ainda a existência de luz – luz branca, o sol, por exemplo -, porque sem luz é impossível distinguirmos cor. Esta é formada por pequeníssimas ondas invisíveis e cada onda tem o seu tamanho específico (comprimento de onda). A luz é absorvida ou reflectida, quando incide sobre algo. A parte reflectida é aquela que determina a cor dos objectos.
A luz do Sol, que é a luz de referência para a nossa visão surge das reacções nucleares que acontecem no mesmo. A luz é a parte do espectro capaz de ser registada pela nossa visão.
Para uma melhor noção das funções da cor e para que se possa optimizar a sua utilização, é necessário conhecer as suas características. A cor tem três qualidades essenciais: matiz ou cor, valor ou tom e saturação.

O matiz ou cor é o que distingue uma cor (passe a redundância) da outra. É o nome genérico da cor, basicamente. Um matiz tem imensas variações da sua cor pura.
O valor ou tom é um dos melhores instrumentos, para expressar a dimensionalidade, porque a linha não é capaz de criar sozinha, uma ilusão convincente da realidade.
Este tem inúmeras variações da sua cor pura, entre o claro e o escuro.

A saturação pode ser entendida como a variação da cor de acordo com a luminosidade. Duas cores podem ser da mesma linhas, mas ter diferentes intensidades. A variação que existe realiza-se entre uma intensidade alta e uma intensidade baixa – ou claridade e cinzentismo. Para além disso, uma cor misturada é menos brilhante e intensa, do que uma cor pura – também tem a ver com a saturação.

Podemos ainda referir a temperatura da cor. O vermelho é uma cor quente, o azul é uma cor fria, para exemplificar.

Na utilização da cor, há ainda a necessidade de ter em atenção certas características da cor que podem ajudar-nos a melhor um trabalho. São elas, o contraste – pondo uma frase numa cor, sobre dois fundos diferentes, podemos perceber que há fundos que ajudam a frase a destacar-se e outros que fazem com que esta seja mais amenizada; há cores que dão a sensação de avançarem em direcção a nós e outras que dão a sensação de recuarem e o peso – há cores que transmitem a ideia de serem pesadas e outras de serem leves: azuis e verdes dão a ideia de leveza e os vermelhos, como parecem mais fortes, dão a ideia de peso.

A cor tem, ainda, uma característica muito importante: a psicologia da cor. As cores transmitem certos significados e, mesmo quando não nos apercebemos, fazemos uso deste sistema, por assim dizer. No dia mau, é usual que uma pessoa use roupas mais escuras, bem como no Inverno. Num dia em que acordamos alegres ou num dia de Primavera e Verão, as cores que usamos são sempre mais claras, mais animadas.
Assim, cada cor tem alguns significados que a cultura ocidental lhes confere. Há mesmo especialistas que dizem que as cores podem provocar lembranças e sensações.

Cinzento: elegância, humildade, respeito, reverência, subtileza;
Vermelho: paixão, força, energia, amor, liderança, masculinidade, alegria (na China), perigo, fogo, raiva, revolução;
Azul: harmonia, confidência, conservadorismo, austeridade, monotonia, dependência, tecnologia, liberdade, saúde;
Ciano: tranquilidade, paz, sossego, limpeza, frescura;
Verde: natureza, primavera, fertilidade, juventude, desenvolvimento, riqueza, dinheiro (nos Estados Unidos, em parte devido à cor das notas do próprio país), boa sorte, ciúme, ganância, esperança;
Amarelo: velocidade, concentração, optimismo, alegria, felicidade, idealismo, riqueza (ouro), fraqueza, dinheiro;
Vermelho: luxúria, sofisticação, sensualidade, feminilidade, desejo;
Violeta: espiritualidade, criatividade, realeza, sabedoria, resplandecência, dor;
Cor-de-laranja: energia, criatividade, equilíbrio, entusiasmo;
Branco: pureza, inocência, reverência, paz, simplicidade, esterilidade, rendição;
Preto: poder, modernidade, sofisticação, formalidade, morte, medo, anonimato, raiva, mistério, azar;
Castanho: sólido, seguro, calmo, natureza, rústico, estabilidade, estagnação, peso, aspereza;
Cor-de-rosa: feminilidade, amor, atrevimento e sensualidade femininos;

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