Ao longo da evolução da Tipografia, deu-se o nascimento de uma enorme quantidade de delineações e variações formais. Elas não são nada mais, nada menos do que o reflexo das personalidades dos seus autores e das culturas do seu tempo, cristalizados em sucessivos caracteres tipográficos. Passamos assim, a apresentar as 10 grandes Famílias Tipográficas e os significados a que elas se associam, segundo uma classificação de Claude Laurent François:
Góticas e Civis: remetem para os “velhos tempos”, passado, Idade Média, ligando-se também à religião e à gastronomia; Gutenberg utilizou-as na impressão das bíblias; não há uma grande preocupação em justificar as margens;
Humanistas: de tradição robusta, remetem para a elegância e para o humanismo europeu; associadas ao Renascimento (séc. XV);
Garaldos: significam elegância e tradição;
Reais/ De transição: ligadas ao preciosismo, um novo tipo de carácter, mas débil;
Romanas Clássicas: remetem para a dignidade, austeridade, frieza; grande importância do espaço;
Mecânicas ou Egípcias: inspiradas no modernismo do século XIX;
Incisas: reflectem a simplicidade e o classicismo modernizado;
Lineares Geométricas: são o modernismo, a indústria e o funcionalismo na tipografia;
Lineares Moduladas: advêm do modernismo elegante;
Escriptas: reflectem uma escrita pessoal, intercâmbios epistolares tradicionais e revelam uma espontaneidade do traço;
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