8.7.10

Proposta 4 - Como surgiu a Infografia

As raízes da infografia estarão ainda na pré-história, começando por mapas: os primeiros terão sido criados milénios antes da escrita; os mais antigos conhecidos foram encontrados em paredes de uma cidade ancestral da Turquia.
A partir daqui, existem alguns exemplos de destaque na evolução da criação infográfica, englobando temas científicos, tecnológicos, económicos, históricos e de organização espacial. Leonardo Da Vinci, nos seus estudos e experimentações científicas, fazia uso de um dos seus maiores dotes e registava através de desenhos muito detalhados; são consideradas infografias de grande complexidade os seus desenhos acerca de um estudo de embriões, desenvolvido entre 1510 e 1513. Em 1626, Christoph Scheiner publicou Rose Ursina sive Sol, uma pesquisa astronómica sobre o sol, repleta de gráficos informativos. William Playfair foi o primeiro autor de gráficos estatísticos, publicados num livro lançado em 1786 – The Commercial and Political Atlas, acerca da economia inglesa no século XVIII. No ano de 1861, Charles Minard criou um óptimo exemplo infográfico, condensando uma grande quantidade de informação, acerca da Marcha de Napoleão Bonaparte sobre Moscovo. Em 1931, nasceu um dos mais importantes exemplos infográficos da História, da autoria de Harry Beck; o designer gráfico projectou o mapa do metro de Londres, orientando os londrinos quanto à ordem das estações.


Mapa do metro de Londres, por Harry Beck



Dondis, na sua obra A Sintaxe da Linguagem Visual, vem-nos explicar que, com o surgimento da fotografia, a linguagem do século XX se deslocou para o meio visual. Em tempos anteriores, os elementos visuais vinham sempre em segundo plano, pois o elemento principal para a interpretação era a própria palavra. Contudo, com o processo de modernização, o meio visual passou a dominar, e ao texto foi praticamente designada a função de acréscimo, complemento.

No que toca ao design editorial, foi só na década de 80, com os avanços nos softwares de edição, que os jornais e revistas desenvolveram novos recursos visuais. Até aí, a construção da notícia pelo jornalista e sua organização visual na grade de diagramas eram feitas de maneiras distintas.

A partir dos finais do século XX, a componente das imagens nas publicações impressas tomou uma grande importância, e a interacção texto-imagem passou a ser uma realidade necessária e irrefutável. Já estava provado que os leitores não procuram meramente a informação, mas analisam também a forma como ela lhes é apresentada. E foi aqui que se deu o salto da Infografia: esta já não era um mero objecto de explicação geográfica ou científica, mas um importante instrumento noticioso.

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